PORTAS FECHADAS ME PROTEGEM DE ONDE EU NUNCA DEVERIA ENTRAR!
- Mente Serena
- 2 de nov. de 2024
- 4 min de leitura

Chico Xavier disse uma vez: “Eu tive muitas portas fechadas em minha vida, mas o tempo me mostrou que elas só estavam me protegendo de lugares em que eu nunca deveria entrar.”
As Portas Fechadas como Proteção
Frequentemente, a vida nos apresenta obstáculos e portas fechadas que parecem ser intransponíveis.
Esse sentimento de frustração e ressentimento é natural, especialmente quando enfrentamos repetidas rejeições ou oportunidades que não se concretizam.
No entanto, com o passar do tempo e reflexão, muitas vezes percebemos que essas portas fechadas estavam nos protegendo de caminhos que não eram os melhores para nós.
Quantas vezes você não olhou para trás e viu que não conseguir algo foi um livramento?
Percepção Inicial
Quando enfrentamos uma porta fechada, a primeira reação, geralmente, é negativa. O ressentimento surge da sensação de que estamos sendo impedidos de alcançar algo desejado ou merecido. Este sentimento pode ser alimentado por expectativas e esperanças frustradas.
Mas com o equilíbrio necessário, ao reavaliar essas experiências sob uma nova perspectiva, começamos a entender que nem todas as oportunidades são positivas. Algumas portas fechadas nos poupam de situações que poderiam ter sido prejudiciais, estressantes ou simplesmente inadequadas para nosso crescimento e bem-estar. Oportunidades nem sempre são sinônimo de progresso ou felicidade. Muitas vezes, as portas que se fecham revelam caminhos alternativos, mais alinhados com nossos valores e objetivos de longo prazo.
Nesse sentido, o fechamento dessas portas funciona como um mecanismo de proteção, direcionando-nos para caminhos mais adequados e mais saudáveis.
Reconhecer que portas fechadas também podem ser benéficas nos ensina resiliência e adaptabilidade.
Esse entendimento permite que enfrentemos futuras rejeições com mais tranquilidade e confiança, sabendo que o que não aconteceu pode, na verdade, ter nos salvado de experiências indesejadas. Isso nos encoraja a continuar buscando, mas com a consciência de que nem todas as oportunidades são ideais.
Toda oportunidade carrega consigo um elemento de incerteza e risco. Ao abraçar uma nova oportunidade, estamos, em certa medida, renunciando ao conhecido em favor do desconhecido. Nem sempre os resultados serão os esperados, e é importante estarmos preparados para lidar com possíveis frustrações e desafios.
Muitos crescem com expectativas moldadas por cultura, sociedade e mídia, que frequentemente prometem que o esforço e o desejo resultam em recompensas. Há uma crença arraigada em controle e merecimento, onde o esforço pessoal deveria, em teoria, sempre resultar em conquistas e realizações.
Essa mentalidade é reforçada por narrativas de sucesso e realização difundidas em filmes, livros e histórias de vida que destacam triunfos e desejos realizados como normais. Também é um mecanismo psicológico de autopreservação. Acreditar que temos controle sobre nossa vida nos dá um senso de segurança e propósito.
Quando a realidade se mostra diferente e a vida não atende às expectativas, o desapontamento pode ser grande. Esse choque entre expectativa e realidade leva muitos a questionar e, eventualmente, reformular suas crenças sobre merecimento e controle.
A crença de que temos controle sobre os acontecimentos da vida vem de várias fontes:
Desde cedo, somos ensinados que esforço e planejamento levam ao sucesso. A cultura reforça a ideia de que podemos moldar nosso destino através de nossas ações.
Filmes, livros e histórias muitas vezes glorificam a figura do herói que supera obstáculos através de sua vontade e determinação.
Sucessos e fracassos pessoais contribuem para a percepção de controle. Quando nossos esforços levam a bons resultados, reforçamos a crença no controle.
A necessidade de segurança e previsão faz com que acreditemos no controle. Pensar que podemos influenciar os eventos ao nosso redor proporciona um senso de estabilidade e propósito.
Filosofias e religiões muitas vezes ensinam que nossas escolhas e ações têm consequências diretas, tanto positivas quanto negativas.
Mas, à medida que amadurecemos e enfrentamos a realidade de eventos imprevistos e fora de nosso controle, muitos aprendem a encontrar um equilíbrio entre ação pessoal e aceitação da incerteza da vida.
E essa aceitação de que a vida tem motivos misteriosos à nossa compreensão, e que nem tudo está sob nosso controle, é uma lição que precisamos aprender para desfrutarmos de uma vida mais leve e menos estressante.
Conclusão
Com o tempo, o ressentimento inicial pode se transformar em gratidão retroativa. A percepção de que as portas fechadas estavam nos protegendo nos permite agradecer por elas, reconhecendo que foram necessárias para nos conduzir a lugares e situações melhores.
É como perceber que perdemos o voo de um avião que caiu.
Nem todas as portas abertas representam um avanço, e nem todas as portas fechadas são sinônimo de fracasso. Ao aprendermos a distinguir entre as oportunidades que nos levam mais perto de nossos objetivos e aquelas que nos afastam deles, podemos tomar decisões mais conscientes e alinhadas com nossos valores.
As portas fechadas na vida não devem ser vistas apenas como obstáculos, mas como guardiãs que nos protegem de caminhos que não eram destinados a nós, pelo menos, não naquele momento. Ao entender isso, podemos transformar o ressentimento em aceitação e até gratidão, fortalecendo nossa jornada com sabedoria e perspectiva renovada.
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